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I- É terminantemente proibida a cópia total ou parcial das postagens neste blog.
II- Você pode citar trechos das postagens publicadas aqui desde que inclua um link de referencia ao blog "Enfermagem Continuada", dando os créditos de autoria a mim Enfª Ana Carolina Palmieri.
III- Lei 9610 - artigo 184 do Código Penal brasileiro.

Autora: Ana Carolina de Morais Rêgo Palmieri - Enfermeira de Educação Continuada

A infecção do trato urinário (ITU) é a presença de microrganismos potencialmente patogênicos no trato urinário (rim, pelve renal, ureteres, bexiga, uretra, próstata e epidídimo), causada por bactérias, podendo envolver fungos e vírus e podem ser sintomáticas ou assintomáticas.
Os uropatógenos podem invadir o trato urinário por três vias: a ascendente, a hematogênica e a linfática. A contaminação pela via ascendente é a mais importante e comum, causada por uma colonização periuretral de bactérias entéricas provenientes da microbiota intestinal devido a fatores mecânicos, defecação, sudorese e higiene pessoal. A via hematogênica responde por apenas menos de 2% das ITU documentadas e é desencadeada pela ocorrência de infecções renais por microrganismos Gram-positivos em situações em que existem alterações da resistência do paciente, alterações anatômicas ou funcionais nos rins, ou ambos, favorecendo a permanência da bactéria. Por fim, a via linfática é rara e necessita de maiores estudos (Dallacorte et al., 2007; Koch e Zuccolotto, 2009; Gupta e Trautner, 2013).
Complicações Conforme a Localização Anatômica:
  • Vias baixas: cistite, uretrite, epididimite, orquite e prostatite.
  • Vias altas: pielonefrite.
Etiologia:
Enterobactérias aeróbias gram-negativas, presente na flora intestinal, como: 
  • Enterococos faecalis
  • Pseudomonas aeruginosa
  • Staphylococcus saprophyticus
  • Candida
  • Escherichia coli (principal agente de infecção do trato urinário de origem comunitária).
As enterobactérias são os microrganismos mais frequentemente encontrados nesses processos infecciosos, representando em torno de 70 a 80% das amostras isoladas na rotina de laboratório (Foxman, 2014).

Fatores Predisponentes:

  • Sexo feminino
  • Idade
  • Diabetes mellitus
  • Cálculos do trato urinário
  • Obstrução no trato urinário
  • Imunodeficiência
  • Portadores de complicações na próstata

As mulheres são mais suscetíveis à infecção por terem uretra curta, que facilita a ascensão de microrganismos da flora colônica que habita a pele perineal e por questões hormonais.

Sinais e Sintomas:
  • Disúria
  • Polaciúria
  • Dor lombar ou suprapúbica
  • Urgência miccional
  • Nictúria
  • Piúria (urina turna)
  • Hematúria
  • Febre
  • Calafrios
Classificação:
  • Complicada: abrange as infecções sintomáticas associadas a causas obstrutivas (hipertrofia prostática benigna, tumores, urolitíase, presença de corpos estranhos), causas anátomo-funcionais (bexiga neurogênica, refluxo vesico-ureteral), metabólicas (insuficiência renal, diabetes mellitus, transplante renal), retenção urinária causada por uma doença neurológica, e emprego de qualquer tipo de instrumentação, como por exemplo, uso de cateter.
  • Não complicada: refere-se a pacientes não grávidas, sem anormalidades anatômicas, de origem comunitária (níveis ambulatoriais) e sem instrumentação do trato urinário.
  • Recorrentes: pacientes que apresentem mais do que duas infecções por ano, ou devido a fatores que mantêm a infecção, como cálculos.
  • Agudas
  • Crônicas
Diagnóstico:
  • Exame de urina I
  • Urocultura
  • Antibiograma
A urocultura, classificada como padrão ouro ao diagnóstico, é considerada positiva quando é possível observar colônias de bactérias em quantidade maior ou igual a 105 unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/ ml), mas sem sinal local ou sistêmico da infecção (Hinrichsen, 2009; Martins et al., 2010; Menin e Grazziotin, 2010).

Tratamento:
  • Antibioticoterapia (ATB) via oral ou intravenoso, que podem variar de 3 dias a 4 semanas dependendo da gravidade.
Orientações de Enfermagem - Prevenção de ITU:
  • Ingerir líquidos regularmente (2-3 litros água/dia).
  • Ao sentir vontade de urinar, eliminar imediatamente (não pode segurar).
  • Higienize as mãos antes e depois de urinar.
  • Mulheres: após urinar, fazer a higiene íntima adequadamente (sentido anterior para posterior, ou seja, de frente para trás).
  • Observar e manter a urina com aspecto amarelo claro e com cheiro discreto.


Fonte do Vídeo: Youtube.


Leitura Complementar:

Sociedade Brasileira de Pediatria (Diretrizes)



Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)


Referência:
Revista Científica Fagoc Saúde - Volume I - 2016.

Data da última revisão: março de 2017.

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